20 de jun. de 2007

O Cavaleiro de latão III (A saga do Sr. Errante)




E o que realmente importa?
Aí parado,
Secando calado,
Sufocado por enormes prisões de concreto,
Numa tentativa de tocar a palma do céu,
Prisões gélidas, cinzas e altas,
Pra onde olhar cavaleiro errante?
Se o que há é só essas luzes sem calor,
Em meio a fagulhas de almas andantes,
Humanos,
Esmagado pela solidão da humanidade,
Faíscas de fogo coroadas de espinhos
Um caleidoscópio enturvecido
Com gotas que mais parecem linho
Usando roupas de couro
Nos pés grilhões de prata
Carregando a sua espada
Entre os dedos as contas do terço
Cantarolando uma novena
Até que se faça a chuva
E a morte enfim permita
À vida um terço de contentamento
No sertão da alma ardida
Fulgura a esperança
Como faca afiada
De sua luta nunca cansa
Em tempos de agonia
Levanta as mãos e canta...

Até onde deve chegar?

Por Judah e Adriano