Essa é a ultima lembrança que tenho... Estava sentada a mesa... Acordei com as costas ardendo, me apoiei sobre as muletas em uma busca inútil por um pouco de equilíbrio.
Gargalhadas rasgadas em trapos ecoavam
no vão que ocupava todo o espaço entre os giros de meu cérebro,
interrompidas somente pelo barulho
insitentemente produzido por um isqueiro sendo acionado,
no outro canto do que eu julgava ser uma cozinha.
Agora sei que não estou só, consigo até enxergar algo,
com o auxilio de um ponto de luz produzido por um cigarro aceso,
entre dedos um pito apertado.
As palavras que ouvia não eram conhecidas...
Foi então que tive mais uma visão: Havia um carro e eu estava lá,
Em algum lugar entre os pneus e o para choque...
Eu havia morrido... Mas como?
E esse cigarro quem o segurava?
Beije-me os pés!
Aquela voz... Parecia-me conhecida.
Era a voz que toda noite me dizia pra não temer
Pois o razoável é vão
E o que realmente importa não podemos alcançar...
A silhueta então se fez clara,
tão clara que por um instante fiquei totalmente cego
Quando retomei a visão Estava eu diante de mim, eu só...
Olhando pra porta de minha casa aberta,
Lá fora corriam meus filhos,
em direção ao ponto de ônibus
Passei a mão no rosto e novamente esqueci
Conto-lhes assim que lembrar.
Quase Morte
ResponderExcluirUm Homo sapiens que a poucos segundos passados saiu dessa dimensão e deparou se com o desconhecido, sem ter consciencia de si e de onde estava, até retornar em um instante após esses passados, e será que voltou ou pensa ter voltado? ou talvez nem tenha ido. Lembranças, contos contados.
Arretado de bom esse escrito,
abraço
etah! fiquei ateh confusa!! muito bom mesmo.. faço minhas as palavras do judah!!
ResponderExcluirhehe, muito bom mermo meu vei!!
ResponderExcluirvc consegue nos enveredar por uma trilha buscando uma luz, uma visão,um ser...alguma coisa!!!
abraço