12 de jan. de 2007

travessia ao outro lado (O menino e a rua)

Olhou firme para o horizonte
Como quem encara o opressor
Um desconhecido sedutor
Apertou os dedos na correia do chinelo
Suas mãos suadas
Apertando com rigidez duas moedas
Esperou o cavalo de metal se esvair em suas vistas
Sentiu o seu momento
Esse era o momento sólido
A passos rasos seguiu avante
E nem iria voltar
O sol sobre seus ombros
Não havia dragões
Nem libélulas gigantes no céu
Ele iria chegar
Já estava no meio pro começo
Ou no meio do fim de seu ato
E os maiores o olhavam desconfiados
Mais ele seguia reto
Pelo ínfimo intento de voltar
Os altos chaminés não iriam o parar
Conseguiu a calçada alcançar
Reparou a vitória no intimo
Chegou até trupicar
Mais três passos largos
Seu luzeiro já podia avistar
Nem o bixo papão poderia evitar
De seu fado do dia alcançar..
Entrou pela abertura de entrada:
-Seu padeiro, eu quero uma broa!

5 comentários:

  1. Essa ae conta do menino atravessando para o outro lado da rua,
    pra ir comprar uma broa.
    E ele, como toda criança,
    enxerga a vida ao seu ver de menino,
    onde os carros são cavalos de metais,
    e os helicópteros parecem com lava-bunda(libélulas) gigantes,
    e os homens estranhos fumando cigarro lembram chaminés.
    E assim ele cria sua odísséia,
    como nos heróis de sua mente,
    pois pra uma criança,
    sair de casa é se aventurar.

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  2. Anônimo5:02 PM

    Massa...
    As crianças tem um poder de imginaçao muito grande..Bem pensado!!!
    Isso q faz o mundo delas ser mais divertido,encatado,brilhante...
    O q difere um criança de um adulto é esse poder de imginar,de transormar o mundo real numa grande aventura..E q as torna menos vuneraveis as malzelas da vida....
    Adoreiii...
    Muito inteligente...
    Negaumm tu é foda veiii!!!
    Com todo respeito...
    bEjzzz...

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  3. Anônimo12:06 PM

    esse negão é retado demais, cada devaneio é uma história cheia de imaginação!!! abraços negão

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  4. Anônimo3:08 PM

    Um texto incrivel!
    Nos lembra como é bom ser criança e como as nossas conquistas, mesmo pequenas (aos nossos olhos hoje) nos pareciam enormes e vibravamos felizes.
    A vida poderia ser assim, vista com os olhos de criança, como Judah o fez... quem sabe então poderiamos curtir mais os pequenos momentos que são os responsáveis pela nossa felicidade! ;)
    Adorei o texto, vou colocar um linck do seu blog no meu! ah.. se tiver um tempinho visita também!
    beijinhus

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  5. Anônimo7:49 PM

    uía..
    ficou massa cara..
    flw

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